segunda-feira, 27 de junho de 2016

Sereias Existem?


Sereias Existem?






Exibido em 27 de Maio de 2012, o filme “Mermaid: The Body Found” (Sereia: O Corpo Encontrado) pelo Animal Planet, misturava fatos reais, ficção e a história de alguns cientistas que contavam sobre como encontraram restos de uma criatura do mar nunca identificada. Com efeitos especiais, o filme mostra um mundo onde sereias nadam abaixo da superfície da água, cooperam e caçam com golfinhos e sobrevivem em uma sociedade complexa, onde se escondem com medo de seus parentes da terra.

O filme conta uma história sobre uma possibilidade evolutiva baseada em uma teoria científica radical: a teoria do macaco aquático, que afirma que os seres humanos teriam um estágio aquático em nosso processo evolutivo: oito milhões de anos atrás, quando os macacos começaram a viver fora das árvores. Por meio de recursos de computação gráfica, o documentário mostra um grupo vivendo na costa, recolhendo mariscos e crustáceos nas poças d’água dos rochedos. Mais tarde, esses macacos teriam se aventurado a entrar em águas mais profundas, mergulhando em busca de alimento e nadando impulsionados por duas pernas.
Alguns milhões de anos depois, suas pernas teriam se tornado uma estrutura de cauda única e as patas traseiras se diferenciaram. Eles não eram mais macacos, mas o que chamaríamos de “proto-sereias”. Como os golfinhos, eles também desenvolveram a habilidade de localizar seres e coisas por meio da emissão de sons.
Essa teoria torna possível acreditar que, enquanto nos evoluímos para seres humanos terrestres, nossos parentes aquáticos transformaram-se em seres semelhantes às lendárias sereias.
O filme mostra vídeos amadores e provas fotográficas, bem como gravações de áudio, sugerindo que baleias não eram as únicas criaturas afetadas pelos sonares da Marinha, que começaram uma série de testes sonares secretos no início dos anos de 1990, que resultaram na morte de centenas de baleias no mundo todo. Os “cientistas” (em aspas, porque são personagens interpretados por atores), logo descobrem que a Marinha está tentando encobrir a descoberta de criaturas estranhas, cujos corpos também estão sendo machucados pelo poderoso dispositivo sonar. Em um dos vídeos, eles afirmam ter descoberto os restos de uma sereia junto de uma baleia encalhada.
“O Corpo Encontrado” recebeu milhões de visualizações durante sua estréia televisiva nos EUA. Muito criticado, o filme adotou um estilo documentário e acabou sendo visto e creditado por centenas de pessoas como um documentário real. Resultando em várias discussões no Twitter, muitos espectadores revelaram não saber que o documentário era “de mentira”, com frases como “Depois de assistir ao documentário #sereiasocorpoencontrado… Eu acredito que sereias existem!”, e “90% do oceano é inexplorado e você me diz que não existem sereias”. A confusão gerada pelo documentário foi tão grande que o governo dos Estados Unidos precisou emitir uma declaração oficial sobre assunto:
“Nenhuma evidência de humanóides aquáticos jamais foi encontrada. Por que, então, eles ocupam o inconsciente coletivo de quase todos os povos marítimos? Essa é uma pergunta para melhor ser deixada para os historiadores, filósofos e antropólogos.”
Pouco tempo depois, o canal fez uma sequência para “O Corpo Encontrado”, chamado de Mermaids: The New Evidence (“Sereias: A Nova Evidência”). Exibido em 26 de Maio de 2013, este filme também deixava claro que os eventos mostrados eram fictícios – e revelaram criaturas míticas que nadavam no Mar da Groelândia, enquanto o “biólogo Dr. Paul Robertson” aparecia para falar sobre suas últimas descobertas.
                            
Feito após a declaração oficial do governo americano, o filme diz que as declarações governamentais negando a existência das sereias eram algo “incomum”. Ainda em resposta, o filme mostra que até recentemente o governo também negava os perigos dos efeitos do programa de teste sonar, hoje já mundialmente conhecidos.
Repetindo os argumentos do primeiro documentário, o “Dr.” explica que, enquanto um dos argumentos contrários a ele é que o corpo humano nunca evoluiu; nós temos membranas entre os dedos, podemos segurar a respiração mais tempo do que qualquer outro animal terrestre, o próprio andar ereto seria uma consequência do tempo que nossos antepassados passaram na água.
O filme ainda fala da Sereia de Fiji, propriedade do empresário Barnun, que teria causado a primeira obsessão por sereias na América. Os “doutores” apresentados no filme deixam claro que conhecem a criatura de Fiji, que era nada mais do que um torso de macacos costurados em uma cauda de peixes. 
A história real que conhecemos acaba aí. A partir daí, um especialista convidado conta que a Sereia de Fiji não era a única sereia nas mãos de Barnum: após sua sereia cair no esquecimento, Barnum ficou sabendo de um show que proclamava ter “a verdadeira sereia”. Mostrando um panfleto supostamente publicado por Barnun, a exposição da sereia seria em 15 de julho de 1865. Dois dias antes, um terrível incêndio (informação verídica) destruiu o Museu de Barnun, onde estava guardada sua “nova” sereia.
“A Nova Evidência” foi a transmissão de maior audiência de todos os tempos do Animal Planet, com 3,6 milhões de telespectadores. “O fenômeno das sereias foi realmente um divisor de águas – e um bebedouro – do Animal Planet”, disse Marjorie Kaplan, presidente e gerente geral do canal. “Esses extraordinários programas especiais têm eletrificado, desafiado e entretido o público da televisão e fãs online da mesma forma.”
“Nós queríamos que as pessoas se aproximassem da história com um senso de possibilidade e de um sentimento de admiração”, disse Charlie Foley, o produtor executivo do show. “Esperamos que os telespectadores permitam-se pensar sobre o que as ‘sereias’ são…. e acabar com essa descrença.”



https://sesereias.wordpress.com/2014/08/12/o-corpo-encontrado-e-novas-evidencias-as-sereias-do-animal-planet/
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